O novo ambiente econômico internacional e globalizador gerando mudanças organizacionais constantes está criando novas demandas de práticas de gestão. Há a necessidade, cada vez
mais proeminente, de se identificar às ameaças, oportunidades de negócios e
estratégias que possam propiciar um nível adequado de controle empresarial e de
maximização dos resultados operacionais.
A Auditoria Interna está diretamente envolvida neste novo contexto,
que visa a integração e consolidação da gestão estratégica, que é baseada na busca da
eficiência, eficácia e efetividade organizacional. O modelo de gestão da
organização deverá se alinhar com os valores, as diretrizes e estratégias
organizacionais, atuando nos fatores críticos de sucesso, que certamente impactarão
no alcance desses objetivos.
O enfoque tradicional de verificação dos controles internos já não é
suficiente para atender plenamente as novas exigências do mercado atual,
dispostas em um ambiente competitivo e em contínuo processo de ajustes. Isso não não quer dizer que o processo tradicional é ineficaz. Ele é importante e além da revisão dos controles internos, se faz necessário incorporar às
atividades da Auditoria Interna novas habilidades que possibilitem uma atuação
consistente na análise das estratégias e dos riscos dos negócios da empresa.
É importante não apenas corrigir as irregularidades ou erros
propiciados pelos diversos níveis da organização, mas também, identificar
alternativas gerenciais e operacionais que proporcionem ganhos de produtividade
e maximação da rentabilidade das diversas operações. Outro aspecto a salientar,
trata da importância de uma proatividade preventiva na identificação de
ameaças, a probabilidade de ocorrência delas e principalmente a gravidade dos
danos caso ocorram.
Neste novo contexto organizacional, a Auditoria Interna é o agente efetivo
e agregador de valores no suporte as decisões estratégicas. Suas atividades
podem ser representadas através de vários pontos, sendo:
- Identificação de oportunidades que possibilitarão a otimização de resultados, através de redução de custos, aumento da receita e aperfeiçoamento dos procedimentos operacionais de gestão e controles existentes;
- Conhecimento dos indicadores de performance e sincronia dos mesmos com o planejamento estratégico da empresa;
- Análise do processo de tomada de decisões nos diversos níveis executivos;
- Assessoramento do planejamento das atividades que envolvam riscos de negócios, tais como, concorrência, aspectos legais, mercado, processos operacionais, uso da tecnologia de informação, financeiros e sistemas de informações;
- Participação na autoavaliação da gestão, tendo como referência os Critérios de Excelência da Fundação Nacional da Qualidade - FNQ.
No entanto, a migração para essa nova realidade exigirá uma revisão
na estrutura tradicional das auditorias internas das organizações, onde as
atuais práticas de gestão e padrões de trabalho dessas auditorias deverão ser
reavaliadas, tais como:
- Uso de metodologias informatizadas no desenvolvimento dos procedimentos de auditoria, de maneira integrada e analítica, que propiciem a redução de papel a ser arquivado e otimização operacional dos auditores;
- Capacitação dos auditores internos nos fundamentos dos Critérios de Excelência da FNQ;
- Comunicação efetiva de enfoque e resultados da Auditoria Interna;
- Uso intensivo de recursos de tecnologia que possibilitem a realização de padrões de qualidade, acesso às bases de dados e geração de supervisão e documentação remota;
Assim, o novo papel de Auditoria Interna passa a ser preventivo e de assessoramento
à gestão da organização, fornecendo a mensuração das alternativas estratégicas
e através da visão sistêmica, integração das informações oportunas e precisas
que facilitem o processo decisório.
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